hipersexualização

A indústria musical e audiovisual sempre esteve a mercê do interesse econômico, muito mais além do cultural e artístico. Nesse contexto a hipersexualização da mulher no cenário musical é um resultado desses interesses. Mas por que o sexo está tão involucrado com a música?

Nas propagandas, nas revistas e até mesmo nas produções cinematográficas o sexo é o ingrediente perfeito para uma receita de sucesso. Sendo assim, as mulheres receberam esse papel de subordinação sexual até mesmo na indústria musical. Ou seja, quanto mais jovem e menos roupa melhor, sem contar com as letras, que normalmente exaltam a estereotipificação do corpo feminino e a exaltação do homem e a sua masculinidade tóxica.

Por que o sexo tem um grande apelo publicitário?

Desde as primeiras civilizações humanas o sexo é uma das principais finalidades das interações humanas. Sendo assim, servindo como importante ferramenta do marketing ele estará presente em praticamente todas as esferas da nossa sociedade.

Sendo assim, da mesma forma que uma calda de um pavão real a hipersexualização da mulher no cenário musical serve como um apelativo publicitário muito poderoso. Dessa maneira, a cultura musical se adaptou a demanda sociocultural e hoje a mulher poder fazer sucesso no mercado precisa se adaptar a uma realidade virtual bastante cruel e notoriamente machista.

Sobrevivência da mais sexy: a hipersexualização da mulher

A noção Darwiniana da música como um agente da seleção natural segue sendo uma das teorias preferidas dos pesquisadores da conduta humana. Ele considerava a seleção sexual como auxiliar da seleção natural: “A sobrevivência do mais sexy”. De certo modo, os atributos sexuais representam inconscientemente uma vantagem biológica e por isso são tão admirados e exaltados na indústria audiovisual.

Portanto, a destreza do canto, os atributos físicos e as coreografias sexualizadas completam o cenário ideal para a hipersexualização da mulher. Isso porque essas pistas e exibições sexuais sugerem uma idealização genética explicada pela seleção natural do famoso naturalista inglês Charles Darwin.

A crua realidade da hipersexualização da mulher na indústria musical

O papel principal da música é a de comunicar e por isso encontramos tanta distinção entre épocas e estilos musicais. Ou seja, essa pluralidade ocorre porque cada época e região tem uma mensagem distinta de acordo com o seu contexto histórico e social.

Porém, nos dias de hoje, consumir os produtos da cultura de cada região se transformou universal através da internet. Nesse sentido, vemos uma padronização do interesse por produções musicais cada vez mais estereotipadas e relacionadas ao sexo.

Então a música já não cumpre com o seu papel principal de comunicar e trazer a tona conceitos estéticos, políticos, econômicos e sociais. Em contrapartida, serve apenas aos interesses econômicos e uma realidade devastadora para jovens artistas que se veem submetidas a uma realidade bastante distorcida do que a música deveria representar para a sociedade e para outras mulheres.